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Jovem retorna ao meio rural e investe na produção agroecológica no Semiárido

publicado: 10/07/2019 11h04, última modificação: 10/07/2019 11h06
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Com a escassez de oportunidade de trabalho nas cidades, jovens rurais estão cada vez mais optando por retornar ao campo para cultivar a terra, implantando projetos agrícolas que garantem o seu sustento, muitos dos quais motivados pela participação em cursos técnicos agrícolas. Um exemplo é Matheus de Oliveira Moreira, do Sítio Riacho dos Alcindos, município de Vieirópolis, no Sertão, tornando-se um exemplo de consciência ecológica, cultiva hortaliças agroecológica e quer ampliar suas atividades no sítio de seus pais.

A família recebe a assistência técnica prestada pelo Governo do Estado por meio da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca.

Mesmo sem ter frequentado curso técnico da área agrícola e tendo passado uma temporada tentando trabalho, sem sucesso, em algumas cidades, retornou ao sítio onde nasceu e decidiu cultivar a terra. Ele disse que vale a pena o jovem morar no meio rural. Reconhece que na região existe terra fértil e bom solo, apesar de pouca água. “Fui embora, mas voltei e quero ficar aqui porque vale a pena persistir no trabalho no campo. A terra aqui é muito boa”, disse.

Estimulado pelo pai, Francisco de Assis Estrela Moreira, ele começou há dois anos trabalhando com o cultivo da hortaliça orgânica que comercializa na cidade, nas feiras livres e já estando sendo inserido no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA). “O Semiárido é um bom lugar para se viver, apesar de estiagens prolongadas, para tanto basta ter assistência técnica e acesso aos recursos financeiros e mercado para os produtos”, afirmou.

Junto com a família, no passado plantou milho, feijão, cana de açúcar e, orientado pelos extensionistas da Empaer, passou a cultivar hortaliças. Ele faz questão de ressaltar que não utiliza nenhum tipo de produto químico, mas apenas defensivos orgânicos naturais provenientes de substâncias de plantas e esterco. 

Busca do selo - Animado com o sucesso de suas hortaliças, mesmo em pequena escala, sendo orientado pela Empaer, Matheus está buscando obter selo de orgânicos do Instituto Brasileiro de Biodinâmica (IBD), através do Projeto Algodão Paraíba, já que também trabalha com a cultura algodoeira.

Com a obtenção do selo de orgânico ele poderá comercializar seus produtos agrícolas junto aos consumidores mais exigentes. “Vemos a possibilidade de produzir ainda mais hortaliças, inclusive agora inserindo a produção nas políticas públicas do governo, como o PAA e PNAE”, comentou.

Para executar o projeto de hortaliças, o jovem agricultor recebeu recursos da ordem de R$ 2.400,00 do Projeto Dom Helder. Ele é assessorado pelo técnico Flávio Marcílio, com acompanhamento do gerente regional Francisco de Assis Bernardino.