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Criadores de Sousa se preparam para estiagem e cresce a produção de silagem com sorgo
Diante das poucas chuvas que a cada ano dificultam a atividade agrícola de maior vocação nas várzeas de Sousa, que é a produção de coco, o cultivo de sorgo para silagem surge como alternativa rentável para muitos agricultores, de modo a aquecer a pecuária leiteira e de corte na região com a disponibilidade da ração.
São dezenas de agricultores e criadores de gado que buscam a orientação da Empaer para instalar plantios de sorgo e construções de silos de superfície, em pequenas ou grandes áreas. Nos diversos municípios que compõem as várzeas na região de Sousa, é normal nas propriedades se observar a prática de silagem como suporte pecuário.
Um destes agricultores que acredita na importância da silagem para manter o rebanho durante a estiagem e que também considera como uma nova fonte de renda, é o empresário Romero Lucena, da Fazenda Mata, onde trabalha com um olaria. Ele cultivou 250 hectares, esperando colher pelo menos cinco milhões de toneladas de sorgo, na atual safra.
Romero começou nesta semana a colheita e o armazenamento em silo aéreo do sorgo que comercializará durante o período de estiagem. A indústria de laticínio Isis, com sede em Sousa, assinou contrato para a compra de 70 por cento de toda a silagem.
O primeiro silo, que é um dos menores entre dezenas de outros que estão sendo construídos, tem 85 metros de comprimento com 350 toneladas e os demais terão, em média, cinco mil toneladas de silagem de sorgo. “Trata-se de uma nova alternativa de aproveitamento das potencialidades das várzeas de Sousa, diante das dificuldades de se trabalhar com outras culturas”, comentou o produtor.
Outro ponto a ser destacado é o de que não usa produtos químicos na plantação, com isso ofertando ao rebanho uma ração de excelente qualidade. A partir do próximo ano ele pretende colher e industrializar sementes para ração. “Outros proprietários poderiam também fazer sua silagem, mesmo em pequena escala e ter ração para manter seus rebanhos durante o período de estiagem”, aconselhou.
Ressaltou que a Empaer teve importante participação com a orientação desde o primeiro momento, concluindo agora com a construção dos silos. Também recomenda que os interessados nesta atividade busquem orientação técnica junto aos escritórios da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Os trabalhos nesta comunidade tiveram a orientação dos técnicos Gervásio Francisco Vieira e Daniel Sales de Abrantes, com o acompanhamento do gerente regional de Sousa, Francisco de Assis Bernardino.