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Concurso de Poesia: Transformando o silêncio das grades em linguagem

publicado: 22/04/2021 10h59, última modificação: 23/04/2021 15h52
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            O que o silêncio do cárcere tem para nos dizer? Dar vozes às angústias e inquietações, aos anseios e desejos, confessar os medos e arrependimentos? Questionar o presente, o que foi e o que há de vir? Além destas colocações, transcrever os sentimentos é um incentivo à educação e instrumento de reflexão e reinserção social.

A Defensoria Pública do Estado da Paraíba promoveu em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado através da Gerência Executiva de Execução Penal e Acompanhamento de Penas Alternativas um concurso de poesias nas quatro unidades prisionais femininas do Estado, intitulado “Transformando o silêncio das grades em linguagem”.

O resultado foi divulgado no último dia 21. Foi destaque em primeiro lugar a reeducanda Larissa Torres, com a poesia “Versos de uma liberdade”, o segundo e terceiro lugar, respectivamente, ficaram com Marília de Carvalho, com a poesia “Mão Vazias” e Eliza Carolina Diniz da Silva, todas da Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão em João Pessoa.

A diretora da Penitenciária Júlia Maranhão, Cinthya Almeida fala sobre a importância deste concurso “Foi com grande satisfação que nós recebemos o resultado do concurso proposto pela Defensoria Pública do Estado da Paraíba, onde nossas reeducandas através de suas poesias alcançaram os três primeiros lugares. A poesia é uma forma de expressão de linguagem, comunicação e arte, e para nós tem um grande significado. Estamos extremamente felizes por ter participado desta bela iniciativa.”

Em terceiro lugar, a reeducanda Katiane Amorim da Penitenciária Feminina de Campina Grande, chamou a atenção dos leitores com o seu texto “Ao entrar no Cárcere”. A dupla Joyce Josefa Sales Galvão e Jéssica Medeiros da Silva, da unidade de Patos também receberam destaque, assim como o grupo formado por: Maria Aritânia, Vitória de Souza, Rosália Cristina, Valquíria Benvinda e Eridam Santana, de Cajazeiras.

Iniciativas como essa reforçam a importância da reflexão no período do cárcere e abrem portas para a leitura e educação que é a melhor forma de reintegrar a pessoa ao convívio social.