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Em São Paulo, representantes da Educação debatem criação de programa de bolsas para a redução da evasão escolar no ensino médio
Durante os dias 27 e 28 de junho, Nathália Palitot, assessora técnica da Secretaria Executiva de Administração, Suprimentos e Logística, e Helyda Karla, assessora técnica da Secretaria Executiva de Gestão Pedagógica, representaram a Secretaria de Estado da Educação da Paraíba em um curso intitulado "Desenho de programas de bolsas para redução da evasão escolar no ensino médio". O evento aconteceu no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, e foi oferecido pelo Programa de Gestão Pública da instituição.
Além das representantes paraibanas, estiveram presentes pessoas de outros 26 estados brasileiros, juntamente com representantes do Ministério da Educação. Durante o curso, foi amplamente discutida a problemática da evasão escolar entre os estudantes do ensino médio, bem como as principais causas que levam à interrupção dos estudos. Também foram apresentadas experiências brasileiras e internacionais, destacando a concessão de bolsas de estudo como uma política pública eficaz no combate à evasão escolar, que afeta mais de 500 mil jovens brasileiros acima de 16 anos, de acordo com pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Os ministrantes do curso foram os professores Ricardo Paes de Barros e Laura Muller Machado, do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper. Entre os temas abordados, destacaram-se a apresentação dos fatores determinantes da evasão escolar, evidências nacionais e internacionais sobre o impacto dos programas de bolsas de estudo na taxa de evasão, bem como a avaliação dos modelos desses programas no ensino médio e sua relação com a taxa de evasão.
No segundo dia de curso as participantes ainda tiveram a oportunidade de integrar um Workshop Avaliação, no qual utilizaram um simulador para avaliar diferentes modelos de programas de bolsas voltados para o estado da Paraíba. Com base em pesquisas, o sistema permite compreender a porcentagem de evasão escolar dos jovens de acordo com o valor da bolsa recebida. Isso é feito utilizando métricas de faixas sociais, que vão desde extrema pobreza (pessoas com renda per capita de R$ 105/mês) até vulnerável (R$ 550/mês per capita). O resultado é uma pesquisa aprofundada que busca determinar o valor ideal para manter os estudantes na escola.
"O curso foi de suma importância, principalmente pela interação com representantes de outras unidades federativas, o que permitiu uma troca de experiências muito rica. Percebemos que já existem modelos bem-sucedidos de implementação de bolsas de estudo no ensino médio em outros estados e reforçamos o pensamento de que a avaliação de políticas públicas é de extrema importância, pois abrange tanto o viés pedagógico quanto o impacto financeiro e social das políticas. Portanto, essa composição entre nós, profissionais da área pedagógica e de administração, foi muito enriquecedora. Foi uma experiência bastante proveitosa, resultado da parceria entre o governo e instituições", explicou Nathália Palitot.
Segundo a assessora Helyda Karla, após a participação no curso, os próximos passos consistem em apresentar as informações discutidas ao secretário de Estado da Educação e às secretárias executivas, para deliberações acerca de propostas de criação de um programa de bolsas para a redução da evasão escolar no ensino médio da Rede Pública Estadual da Paraíba.