Em entrevista a uma emissora de televisão de João Pessoa, o secretário iniciou dizendo que “na verdade, o que aconteceu foi uma estagnação no setor turístico. Com o Governo Lula, acontece uma maior evolução no turismo do Brasil, uma vez que passamos a ter um ministério dedicado exclusivamente ao setor, quando antigamente era voltado mais para festas. Com o Ministério passou-se a dar uma maior atenção ao setor, de forma mais profissional”.
Segundo ele, com o Ministério passou-se a um processo de regionalização e criou-se a chamada instância de governança, uma espécie de conselho de secretários, de prefeitos da região, junto com a sociedade civil organizada em suas entidades para, a partir daí, “passar a fomentar o setor através de uma maior divulgação e formação dos roteiros, que enfrentam deficiências, pois nem todos possuem início, meio e fim”.
Roteiros – Sobre o roteiro João Pessoa disse que “tem vários atrativos, mas precisa ter início, meio e fim: onde o turista se hospedar, onde comprar e se alimentar. Às vezes não podemos fazer um roteiro no Centro Histórico, se não houver onde se alimentar nem comprar. Por esse motivo acho que ainda é um pouco deficiente”.
Como bom exemplo destacou “o roteiro de sol e mar, que vai de Cabedelo até o Litoral Sul, é extremamente importante e onde se destaca o município do Conde em plena evolução, com o trabalho da Prefeitura, através da sua Secretaria de Turismo”.
Na sua avaliação, um exemplo bem claro de que o turismo pode chegar ao interior com sucesso é o caso do Circuito do Frio, iniciado com cinco municípios e que deve ir para sete em 2011. “A programação começa em junho e vai até agosto, com a visita de milhares de turistas, que deixam dinheiro lá, geram emprego e renda e melhoram a qualidade de vida do povo”, lembrou.
Garante que uma de suas metas “é dividir a Paraíba em cinco ou seis roteiros no Cariri, Brejo, Agreste, Sertão e Litoral de forma integrada e sustentável, em parceria com os municípios e o Governo Federal. Podemos ter roteiros de aventura, religioso, sol e praia e ecoturismo e por aí vamos caminhando para obter uma maior divulgação em âmbito nacional e atrair um número cada vez maior de turistas”.
Centro de Convenções – Sobre esse equipamento que o Governo do Estado constrói no Pólo Cabo Branco, na Capital, disse ser “de extrema importância porque vai mudar a face do turismo da chamada baixa estação, na Grande João Pessoa, com a vinda dos turistas de negócios para os grandes eventos, garantindo milhares de empregos”.
Indústria – Em relação ao setor industrial, afirmou que já vinha sendo feito um trabalho importante pelo ex-secretário Edivaldo Nóbrega, que atraiu várias fábricas e outros tipos de empresas, inclusive do Sul e Sudeste, “mas temos um desafio que é descobrir quais são os tipos de indústrias que não temos, pois a Paraíba tem capacidade de desenvolver e descobrir os empresários”.
Ele acha importante buscar em outras regiões e até no exterior, na Europa por exemplo, pessoas que queiram investir no nosso Estado, montando empresas para produzir o que elas desejam e levar para as suas fontes de venda. “Esse é um entre tantos desafios, onde também entra a necessidade de interiorizar as nossas indústrias e grandes empresas do comércio e serviços”, observou.
Artesanato – A respeito ao apoio ao setor de artesanato, o secretário Diego Tavares declarou que a Paraíba tem “uma potencialidade muito grande nesse setor que está incluído no turismo, no comércio e é uma fonte de micro crédito fora do comum. De forma que vamos continuar o trabalho importantíssimo feito através do Programa Paraibano de Artesanato, ligado a nossa Secretaria, que tem dando orgulho e segurança aos artesãos”.
Mineração – Quanto ao setor mineral, o secretário acha que “é o nosso grande desafio, já que temos de implantar e fortalecer o Promin (Programa de Desenvolvimento da Mineração Paraibana), que possui ações voltadas para capacitação e consultorias, extensão mineral, acesso a mercados e, principalmente, a melhoria das condições de trabalho nos garimpos, impedindo que haja acidentes, inclusive com a morte de garimpeiros. Para tanto, estamos aplicando R$ 1,7 milhão, inclusive em parcerias com várias cooperativas de pequenos mineradores no Cariri, Curimataú e Seridó”.
Ele lembrou que recentemente o governador José Maranhão “adotou uma medida importantíssima que foi a redução do ICMS cobrado dos mineradores, de 17% para 4%. Com isso, teremos a legalização das minas clandestinas e o aumento na arrecadação do tributo que antes praticamente não existia, já que nosso minério era enviado clandestinamente para Estados vizinhos, como forma de fugir da alta tributação”.